quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Luz


s.f. Claridade, luminosidade.

E numa bela tarde de um dia que ainda não era dia e que nem horas tinha, fez-se a luz. A luz. Antes de qualquer coisa pois todas as coisas seriam feitas a partir da Luz. Oriundas da luz. A Luz que seria Mãe, além de Pai de todas as coisas. Interessante, não?... Não foi da costela do homem que fez-se a mulher, mas sim das entranhas da Luz que Homem e Mulher foram feitos. Criados dentro de uma mente, ( mente, outra palavrinha feminina) de uma Força (outra palavrinhas) cósmica, divina, que muitos de nós chamamos de Luz. Aquele/a que clareia os dias, que ilumina as ideias, que lava com água fluidificada nossas dores e abençoa com raios de um sol particular nossas alegrias. Deus. Muitos têm falado em Deusa, e o Livro das Sombras fala da unificação desses dois pólos, um encontro dos contrários formando o mistério do nosso grande Ser. Há de agradar muito nosso Criador ver os encaixes da vida acender luzes e mais luzes pelo Universo. Seria o grande céu lá em cima das nossas cabeças um espelho onde as estrelas seriam o espocar de cada encontro de luz que fomos capazes de criar?!... Sim, porquê, cada vez que um sorriso acontece, ou uma lágrima, um abraço, o encontro amoroso de amantes, o nascimento de uma criança, a passagem de uma alma, uma festa, uma conquista, cada vez que um ser humano se depara com outro, é bem ali que a luz se faz. Cada estrela, a claridade de uma emoção, ali, exposta para iluminar outras tantas emoções. Bonito, não?... A hora mais bonita do dia pra mim é o lusco-fusco. Aquela hora onde dia e noite se encontram e se encantam, e se encaixam, e saem pelas galáxias namorar. Que romance luminoso. Dele nasce outro dia, e depois outra noite. Filhos e filhas da luz, dos dias, dessas manifestações que fazem a gente achar que viver é algo mágico. Há magia pelo ar. Nosso Deus, Pai e Mãe, é o nosso grande alquimista. É adorável pra mim pensar nessas coisas todas, assim, misturadas, sem muita lógica, faz-me sentir dentro de um parque de diversões, onde estrelas, meninos e meninas vivem. Ou brincam de pique esconde, todos à procura permanente de Luz. Sempre e cada vez mais, Luz.


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terça-feira, 7 de setembro de 2010

Surpresa


s.f. Ato ou efeito de surpreender(-se), acontecimento imprevisto, prazer inesperado.


E será exagero dizer que mulheres são muito mais chegadas em preparar surpresinhas? Senão, quem é que está sempre pensando naquele jantarzinho especial, ou em comprar uma lingerie muito linda e sexy, ou ficar o dia todo no salão pra se fazer bonita, ou planejando finaizinhos de semana românticos em lugares bucólicos, baixando as músicas especiais pra ouvir no carro, junto, abraçadinho, ou comprando aquela camiseta horrorosa do time da paixão da vida dele, ou escrevendo palavras amorosas com batom nos espelhos da vida dele, ou espalhando bilhetes pelas coisas dele, ou ou ou... Somos as senhoras Surpresa. Surpreende-me o fato de os moçoilos não preceberem que, se a gente prepara tanta coisinhas é porquê a gente adora fazer mas... _Surpresa!!! a gente adora ser surpreendida também. Então, como nunca deixamos de ter alma de criança, até oque não tinha intenção de surpreender, nos causa surpresa, tamanha a vocação para esse verbo tão propriamente feminino. A gente tem vocação pra surpreender, e achar prazer no ato, somos as campeãs de notar intenções. Vemos surpresa até onde não existe. Tudo bem, justiça seja feita eles até se esforçam, mas que esforço!... não é natural. É natural na mulher. Natural oferecer-se em bandeja de prata, tanto quanto sair saltitando pelas ruas sempre que alguma coisa é feita com o intuito de nos despertar prazer. Você já notou o olhar de uma mulher quando ela recebe? Somos as pessoas mais felizes do mundo. Somos capazes de sair quase que literalmente voando, temos potinhos multiplicados por mil para armazenar, fazer crescer, enormizar um gesto de amor e assim, eternizar as surpresas recebidas. Com certo espanto vou ser obrigada a dizer:
_ somos surpreendentemente mais felizes por essa simples razão.


SURPRESA!


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segunda-feira, 28 de junho de 2010

Entrega


s.f. Ato ou efeito de entregar-se

E oquê mais faz uma mulher na vida além de se entregar? Mergulhar profundamente aos chamados. E como nos chamam, como nos solicitam. A vida é feminina. Também entregue. Somos capazes de realizer o impossível, despercebidamente, para que nada pareça além de natural condição de entrega. Entregamo-nos ao amor, com amor. Se somos filhas, somos doces, comportadas. Se somos mães, somos esmeradas. Se somos amantes, beiramos o absurdo. Se somos amadas, amamos ainda mais. Homens se entregam? Sim, mas é diferente. Muito diferente. Sua entrega é rodeada de intenções, seus corações batem em ritmo de meia dúzias de rosas num vaso pardo de alguma sala escura. O coração feminino é um jardim sem fim, bate inspirado no vai e vem que o vento provoca nas flores do mundo. Coração entregue é coração de esperança. Desajustada palavra feminina: entrega. O saldo?... sempre credor, com dívidas perdoadas enternecidamente.


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terça-feira, 22 de junho de 2010

Graça


s.f. Beleza, elegância

Seria exagero dizer que o mundo carece muito de graça?... Não, não me refiro ao superficialismo das belezas que se compram, embora sejam deveras agradáveis, refiro-me a beleza espontânea, o essencial, oquê nasce d'Alma, e nos une, e nos faz um só, originais divinos. Pensar nisso, que somos obra e graça de Algo Maior, dê-se no nome que mais aprouver, Deus, Energia, o autor de todas as graciosidades que existem é o mesmo que nos criou. Criou a mim. Oras, vejam. Existir com graça, elegância, atravessar avenidas, passar por vidas, desfilar pelos minutos do tempo, lembrando-se da origem. A graça. O presente de estar, ser, existir. Beleza ultrapassa o conceito se pensarmos que justamente belo é o existir.


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sábado, 19 de junho de 2010

Cortesia


s.f. delicadeza, amabilidade



Li, em certa ocasião, que para os orientais, mais importante do que a sinceridade é a cortesia. Quer dizer, você pode ser cortês e sincero ao mesmo tempo, mas se tiver que escolher, oferecer a cortesia é a dádiva, porquê, uma gesto de fato cortês, sempre encontra uma maneira sutil de ser sincero. Não sei bem o porquê, mas parece ser das mulheres a prerrogativa de ser delicada, amável. Um equívoco. Não há nada mais agradável à todos os sentidos do que ver um homem exercendo suas atividades e se relacionando com delicadeza de atitude. Um mundo delicado, é amável. Pessoas delicadas são mais amáveis. Amável é a propriedade de se tornar amado. E o quê, afinal, cada um de nós mais quer nessa vida, além de ser muito sinceramente amado?
Cortesia, uma palavra feminina muito poderosa. Vale à pena tê-la sempre guardada e grudada na mente. E no coração.





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